sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Retorno

Depois de um ano ressucito o blog. Ta meio mortinho por conta da correria...
Tenho alguns textos que escrevi durante 2009. Hoje vou postar uma poesia que escrevi em um momento de catarse total!

Havia uma euforia que nem mesmo
saberia explicar a origem.
Inesperadamente, sem controle
uma potência latente
latejava
E teve coragem que nem
sabera que tinha.
Embora, ainda desconhecido
o que sucedeu tomou corpo
muito maior do que imaginava.
E tudo se transbordou
Como um copo ja cheio,
uma banheira com a torneira quebrada,
uma descarga desparada

Depois de um tempo
Percebeu que alí não havia espaço para mais um
Porque se mergulhasse, logo seria jogado para fora
O redemoinho interno era forte
Fara rodopiar até elouquecer
e de tontura o engoliria
Não havia controle
Ao chegar na beirada pensou
Pensou nas belas tardes
banhadas de desejo,
nos olhos sedutores,
nas palavras doces
na música
A melodia que o fez viajar por
tantos lugares...
Uma jornada incrível
Tudo que vivera não poderia
Acabar daquela maneira
Não se renderia ao mal e ao medo
E toda tensão daquele momento,
reverberou em um grito abafado
Uma euforia contida, desesperada
Interrompida

Eis que de manhã
Antes mesmo que o despertador gritasse
Uma angústia, o borbulhar interno o chamava
Aquilo fora um estopim
para um vômito
Mas da alma

O desconhecido agora
parecia mais seu amigo...

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